sábado, 31 de maio de 2008

Manhã Má

Existem os dias ruins, os muito ruins, e os dias em que o relógio para. Os ceifadores vêm então em nosso encalço, tentando se alimentar de nossas emoções - sejam lá qual forem - nos fazendo fracos, podres, pobres. Pois quando os relógios param, fomos encontrados, e não há escapatória. E hoje foi um desses dias. E dessa vez, não posso culpar o Cisne Gigante - que será apresentado em breve, - pois os motivos que minam minha auto-estima como fungos são reais, acontecimentos sólidos; não posso culpar mais uma vez o abstrato, visto que tudo isso aconteceu como concreto jogado em minhas costas. Não foi culpa minha. E agora, sento-me aqui, em frente ao monitor, tentando transferir pra um papel virtual o zumbido de vespas em meus ouvidos, tão real quanto tudo que o antecede, mas tampouco realmente ali; tão familiar, mas ao mesmo tempo, completamente diferente.

Mas acho que nada disso me surpreendeu. Já tinha me preparado pra esse dia desde o instante em que, chegando na praia, vi um relógio da calçada parado, por entre a chuva que caía violenta.

- Ao som de: From A Second Story Window - Most Of Us Are Normal -

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Todo O Ódio

Quero mais que o Botafogo se foda mesmo. São dois anos de panelas e quases - parabéns pro clube, pra comissão técnica, pros jogadores, e principalmente à todos nós, torcedores, sofredores sim, por mais essa morte prematura na areia, tão perto da primeira Copa do Brasil da história do clube, do primeiro título em dois anos de trabalho, que seria mais que merecido não fosse a insistência de alguns em fórmulas que comprovadamente não funcionam. Errar uma vez é humano; duas, esperança; três, falta de bom senso. Vejamos se mais essa derrota do Glorioso abrirá os olhos da direção pro atentado à Instituição Botafogo, como diria Eurico Miranda, cometido por Cuca e seus seguidores. Não me levem à mal: admiro o Cuca por sua habilidade de montar uma equipe digna de lutar por todos os títulos que lutou em quinze dias, e por seu comando tático, provado pelas seguidas vitórias do Botafogo, e pelas estátisticas tanto do Campeonato Estadual, quanto pelas da Copa do Brasil. Mas uma coisa tem-se que aprender: jogador em má fase, está em má fase, e foda-se se ele foi o gênio do futebol brasileiro na temporada passada. Aliás, na temporada passada, o Botafogo também se fodeu; coincidência, não? Mas não vou aplaudir o Professor de pé, quando as evidências estão claras. Cuca é paneleiro, pela-saco, paga-pau, ou qualquer termo que defina essa idéia. Pouco importa que ele não tenha punho pra fazer o time avançar quando está em vantagem, ao invés de retrancar toda a equipe; embora ele não o tenha feito nesse último jogo, parabéns pra ele. E que porra de idéia foi aquela de colocar três atacantes?! O Botafogo nunca jogou com três homens no ataque, e justo no jogo mais importante pro time na temporada, quando tínhamos uma vantagem relativamente boa, cisma-se de experimentar. Naturalmente, e perdoem-me por vulgarizar a boa gramática, fodemo-nos vez mais.

Ah, e antes que eu me esqueça:

SE O ZÉ CARLOS ESTÁ HÁ MAIS DE DEZ JOGOS JOGANDO MAL PRA CARALHO, POR QUE DIABOS ELE IA COMEÇAR A JOGAR JUSTO AGORA?!

- Ao som de: sessenta e dois mil e sessenta e três mulambeiros felizes, cantando -

domingo, 18 de maio de 2008

Tempo Perdido

Perde-se tanto tempo com o que se pensa ser importante, mas não passa de devaneio; falta de atenção. Convencionou-se precisar demais do que é pouco necessário, e a avaliação e o bom-senso foram jogados para um segundo plano, enquanto adota-se uma filosofia não-irente ao próprio ser, mas que alguém um dia adotou pra si e vendeu os bons frutos da ocasião. Negam-se os instintos, os sinais, as vontades - até o próprio sentimento, - em busca de um ideal que nunca se quis, nunca se pesou corretamente, para saber se é realmente esse o fim que se deseja. Já disse o poeta que mentir para si mesmo é sempre a pior mentira, mas sei que é também a mais fácil mentira a se contar; enganar é dizer o que se quer ouvir, e mesclando a vontade de dizer com a vontade de ouvir de nós mesmos, é fácil estabelecer uma rede de fantasia aonde nos prendemos. Sei, pois aprendi da forma mais dura. E tentei passar adiante o que aprendi, pois se alguém pudesse aprender de outra forma que não a que tive que experimentar, seria para mim uma vitória. Mas não consegui, e certas lições têm que ser aprendidas por tentativa e - inevitável - erro. Inevitável como uma bala em meio-vôo, dirigindo-se ao seu alvo. Ora-se, compram rosas, lástimas são feitas: qualquer coisa, menos parar o projétil.

- Ao som de: The Dillinger Escape Plan - Hollywood Squares -

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Aniversário do Oráculo

Bem pessoal, eu sei que está meio atrasado para dizer isso, mas...
No último dia 7, o Oracúlo completou 18 ânus!
É um verdadeiro fenômeno!
E agora que este rapaz já tem a maioridade lombo-rabal, desejemos felicidades para ele, porque ele merece!
Ueeeebaaa!
Ele vai poder beber agora! (Haueuahheaueuaheu. Péssima piada, nem eu ri)

Todo mundo, mande um abraço para este nosso querido furry sem pêlos!

[]'s!

Parabéns cara!!!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Dormindo Com Fantasmas

Talvez seja o objetivo da minha vida nunca saber quem é a outra face no espelho, olhando pelas minhas costas com seu sorriso azulado e sarcástico. Pode ser esse o caminho, minha eterna busca, minha Torre: saber quem é essa criatura siamesa que me habita. Se o for, será minha busca interminável, pois as linhas já se borraram e se fundiram com o ambiente, e não sei mais dizer quem sou eu, quem é alienígena. Não sei apontar porque sinto essa presença, mas sei dizer que essas oscilações não são minhas. Asseguro que não sou eu, mesmo parecendo que jogo a culpa dos meus surtos e recaídas sobre outro, e que se pudesse, teria o equilíbrio. Não me sentiria tão sozinho, nem tão culpado - seja lá o motivo do meu martírio. Saberia amar e não desprezaria tudo, e todos. Se pudesse escolher, seria mais um entre tantos, e não o único; me preocuparia mais com o clima do que com o tempo. E se ele me concedesse uma trégua? E se o relógio parasse de marchar rumo ao fim? Quem diria eu ser num momento suspenso dos trilhos do tempo? Minto que sei quem sou, mas não sei se sou, ou se divido o ser. Não saberia ao menos dizer quem sou agora.

Tudo Se Tornou Alheio

Convenhamos, sou extremista. Pelos céus, eu sou extremista pra caralho - se é que essa construção é possível. Mas ultimamente, eu tenho exercitado a minha paciência ao ponto de me considerar um Mestre Zen, comparado às minhas antigas implosões emocionais. Quem convive comigo consegue ver que eu tenho estado muito mais calmo, compreensivo, controlado; quem não sabe a diferença por não conviver comigo no meu período "tic-tac-BOOM", não sabe o que perdeu.
Mas tem uma coisa que me deixa puto. Muito puto.
Mas que merda, essa porra me emputece pra caralho, que raiva!
Eu odeio ir à bancos.
Puta que pariu, eu tenho calafrios só de pensar no assunto.

Eu odeio apatia. Eu acho que a falta de gentileza e de cordialidade em relação ao próximo, seja lá quem for, é o maior sinal de que estamos regredindo na escala evolutiva - na porra da escala humanitária, caralho! É só pesar os prós e contras de se desejar um "bom dia" e sorrir para se concluir as vantagens racionais de uma gentileza. A comunicação se torna agradável, evitam-se problemas causados por stress, todos saem sorrindo - e como é bom ver um sorriso estampado no rosto de alguém, por tão pouco; desumano é aquele que não o sente. É muito bom estar num ambiente em que se vêem sorrisos, amenidade, solicitude; assim como é extremamente irritante estar num aposento regido por más energias.
No entanto, hoje eu fui ao banco. E Deus me perdoe se eu não quis metralhar todo mundo naquela porra.
Eu vim pra casa pensando em dissertar sobre o quanto a humanidade necessita de indivíduos solícitos, dispostos a sorrir pelo bem maior, mas mudei de idéia, e deixo esse belo texto pra outro dia.
Por hora, eu só quero que todas as velhas carrancudas e os executivos marrentos vão se foder.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Bonecas eufóricas

Desnotícias:

Torcida e Diretoria do Framengu comemoram título com travecos

HELL DE JANEIRO, República Corrupitva do Brasil

Inacreditável. Após uma bela atução dos árbitros e uma péssima do Botafogo, o Crube de Regátias Framengu ganha mais um disputadíssimo Campeonato Carioca. E para comemorar nada melhor que seguir o exemplo do ilustre Ronaldo e comemorar num motel com travecos.

É claru que a gente vamos comemorar com essas gatas maravilhosas, afinal o Ronaldo não pego 3 de uma veis e ainda tava com o mantu çagrado?
Framenguista sobre comemoração

Mas não é apenas a torcida, a diretoria também confirmou presença nessa festança e garantiu que as Flavelas ficarão vazias pois todos os moradores estarão comemorando no motel. E o time não ficou de fora. O goleiro Bruno após engolir um belo frango garantiu também que de hoje em diante só come linguiça.

A PM garante que espaço não será problema, pois motel com travecos estão bem distribuídos pela cidade e a Comlurb se encarregará de limpar o lixo depois, mas avisa que o que for vermelho e preto e estiver agarrado com um ser duvidoso não é de responsabilidade dela e sim da diretoria.

Esse já confirmou presença.

Esse já confirmou presença.
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Não resisti. Queria muito escrever uma notícia falsa sobre o assunto, mas já a achei escrita, então para não plagiar:
Roubado descaradamente da:
Desciclopédia, a enciclopédia livre de conteúdo que qualquer um pode editar.

sábado, 3 de maio de 2008

Desejo Que Estivesse Aqui

Já fiz um post sobre isso, mas farei outro, mesmo assim.
É estranho pra mim estar feliz. E digo "feliz", porque acredito que a felicidade - diferente da euforia e da alegria - é um estado caracterizado por constância, equilíbrio. O último lobo solitário, a última arma de pé no deserto, é sempre solitário, independente da situação (e estou pra fazer um post sobre isso há tempos). Mas me encontro numa situação em que me sentir sozinho é raro e, sobretudo, desgastante. Tão estranho sentir-me assim, visto que sentia certo conforto na minha condição de pistoleiro, e agora apenas sinto certa angústia em voltar àquela condição, mesmo momentâneamente. Não sei dizer se isso é bom ou ruim. Sei que sinto falta do meu mundinho, aonde eu habitava só, e daonde tirava todas as minhas forças - visto que é esse o grande motivo da minha ausência desse blog: sofro ultimamente de um tipo de bloqueio criativo, já que meu combustível para indagar sobre a vida e sobre mim, ou qualquer coisa, se esvaiu e foi substituido por pensamentos cotidianos. Mas por mais que a solidão me desse certa vantagem e familiaridade, ser unilateral também tem seus prós. Afinal de contas, mal consigo me lembrar do meu último surto de introspecção, não contando o último há alguns dias atrás. Crio menos, e sorrio mais; não vejo mais o caminho, mas durmo tranquilo. Quem sabe?

- Ao som de: Avril Lavigne - Things I'll Never Say -

À que ponto chegamos, ahn?

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Como se dar bem na Argentina

Você: Hola te gustas?
Argentina: Sí, me gusta mucho!
Você: Arriba! \o/