segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Trabalho de Direitos Humanos

Tenho que fazer um seminário sobre Direitos Humanos em grupo para amanhã.
O seminário tem que durar 2 horas.
A minha parte, 25 minutos falando.
Ainda não pensei em nada para escrever, só que ninguém do meu grupo sabe disso.
Até porque eu faltei todas as reuniões de grupo, exceto a primeira.
Caralho, é amanhã, fodeu.
Pelo menos, aprendi uma coisa na primeira reunião.
Uma garota do meu grupo soltou uma pérola:

"Vocês não deviam baixar sua guarda perto do Saad. Ele tem essa cara de babaca, mas é muito mais inteligente do que a gente pensa."

Cheguei a 3 conclusões com essa frase:

1 - As pessoas pensam que eu sou inteligente. Mas eu sou muito mais inteligente do que elas pensam que eu sou. E quando elas pensam no quanto eu sou mais inteligente do que elas pensavam, isso faz com que eu fique mais inteligente ainda, pois eu seria mais inteligente do que aquilo que eles iriam pensar.
2 - Ou então todo mundo acha que eu sou retardado e a garota estava me defendendo do grupo.
3 - Eu tenho essa cara de babaca

(Tá bom, eu faço a cara de babaca de propósito pras pessoas acharem que eu sou burro e me substimarem para serem pegas de surpresa, eu admito. Isso me torna alguma espécie de anormal?)

Caralho, o trabalho é pra amanhã. Fodeu denovo.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sonhos, Profissões e Nerds

Quando eu era criança queria ser astronauta, cientista, presidente, ou dinossauro.
Com o tempo, desisti de ser astronauta, porque morriam muitos todo ano.
Quando fui crescendo, achei que não ia ser um bom cientista, não me dava tão bem quanto eu queria com matemática ou biologia.
A política eu resolvi deixar de lado (por enquanto?).
Acabei fazendo Direito, que não era nada do que eu sonhava pra mim quando criança.
Não que eu detestasse Direito, é só que não me parecia atraente, eu era indiferente.
Com o tempo, vi que podia ser uma coisa legal, e eis-me aqui, aonde estou, com 18 anos e toda uma vida pela frente.
Quando me perguntam o que quero ser quando crescer (meu Deus, está muito mais perto de acontecer do que a alguns anos atrás!), digo que devo tentar um concurso.
Sei lá, acho que eu seria um bom Juiz. Ou um bom Procurador.
Bem, já que estou no fogo, fazendo Direito mesmo, vou tentar o que me agrada.
E eu nunca tinha cogitado outras possibilidades pra minha vida, simplesmente porque não havia nada que despertasse meu interesse.

Até que um dia desses, eu tive uma idéia boa. Tipo, do nada, andando na rua ou de pé num ônibus engarrafado, como a maioria das minhas idéias boas aparecem.
Uma idéia ótima e impossível de ser realizada, como todas as idéias boas são.
Ultimamente minha família vêm me cobrando cada vez com mais freqüência que eu arrume um emprego. Minha irmã trabalha desde que ela tinha 17 anos e eu com 18 nunca movi um dedo, eles dizem. Dizem que nem estágio eu quero fazer.
E eu fiquei pensando: "Cara, eu não quero trabalhar para ninguém em loja nenhuma. O que eu posso fazer pra descolar uma grana?"
E aí que a idéia começou a a aparecer.
Primeiramente pensei: "Vou fazer camisas! Mas não camisas quaisquer. Camisas nerds, com estampas de piadas famosas da internet! Owneds, motivationals, etc... Isso não deve ter direitos autorais, então dá pra fazer estampas com qualidades boas e baratas! Além disso, eu poderia fazer camisas de animes, seriados...."
E aí a idéia foi se desenvolvendo... : "Mas onde eu venderia as camisas? Caralho, eu poderia ter uma loja de artigos nerds! Vender cards, bonecos, espadas jedi, livros e dados de Rpg, jogos de videogame... Porra, a loja poderia ser uma lan house e locadora de jogos, com videogames e computadores! Todos os dias, jovens nerds largariam suas casas para passar o dia na loja, jogando videogame com seus amigos, ou ficando nos computadores da loja! Eu poderia desbloquear videogames, ter um técnico trabalhando numa sala lotada de aparelhos nos fundos da loja! Acho que não existe nada igual a isso no Brasil! E eu ainda podia alugar umas mesas por hora nos fundos da loja para a galera do RPG ficar jogando suas campanhas... E ainda teriam as roupas à venda! Cacete, se a loja fosse grande o suficiente, poderiam ter pessoas fazendo tudo ao mesmo tempo! E talvez em feriados poderiam rolar até eventos de anime na loja! E nas sextas e sábados à noite, a loja poderia virar um bar com shows de rock! Puta que o pariu, seria muito foda! Eu ainda poderia ter um videogame na administração e ficar jogando na hora do almoço em que a loja fechasse!! Minha vida seria igual à dos caras do filme "O Balconista" do Kevin Smith! Melhor, minha vida seria quase um filme do Kevin Smith!"

E essa foi a idéia. Eu me conheço, sei que nunca vou fazer nada do gênero. Provavelmente eu serei Juiz mesmo. Mas foi uma idéia boa. Até brinquei mais um pouco com ela, imaginei o lugar onde a loja ficaria. Seria na Estrada de Itaipu, no meio da estrada. Seria uma loja grande, mas nada gigante... Pensei num nome pra loja, algo tipo: "Nerdices S.A.", ou "Espaço VT", ou talvez até "/b/". Mas descartei tudo logo, antes que eu me desiludisse. Fica sendo meu sonho nerd de profissão, o que eu poderia ter feito da minha vida....
Quem sabe, se eu tivesse mais dinheiro e coragem eu poderia arriscar...
Mas sou nerd demais para fazer isso.

E no entanto, ainda não desisti completamente de ser um dinossauro.
GROAR

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Estágios da Diarréia de um Chef Francês

1º Estágio: Filé Mignon. Aquela pedaço grande, gostoso e marrom de merda. Servir com batatas.
2º Estágio: Picadinho de Carne: A merda vem em pequenas porções, no meio de um molho agüado. Dentro do pão fica uma delícia.
3º Estágio: Caldo verde: Vai ter mais água do que merda, e no entanto vai ter mais gosto de merda do que nunca. Aconselha-se comer com geléia de framboesa.
4º Estágio: Sopa da vovó: Aquela sopa verde, agüada e medorrenta. Tem gosto de merda, parece merda e é verde. Comer com torradas e Ades de Pêssego.

Depois do 4º Estágio, os estágios vão regressando em ordem decrescente até voltar ao 1º.
Em casos de suspeita de dengue, um médico deverá ser consultado.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Química

Hoje tive minha primeira aula de Biologia Molecular.
Entendam: tenho duas disciplinas durante minha formação envolvendo o assunto Biologia Molecular (comumente chamado de Biomol), o que dá um total de dois períodos aprendendo apenas sobre as propriedades dos ácidos nucléicos. O que equivale a um ano, e mesmo assim, muitos repetem ambas as disciplinas.
Mas como é possível? Uma classe de moléculas apenas pode ser alvo de estudo por um ano? E porque um conhecimento tão aprofundado deve ser dado à alunos de graduação - afinal de contas, muito deles, eu inclusive, nunca precisarão saber tanto assim - ao invés de apenas à alunos de pós-graduação?
Antes, tudo isso passava por minha cabeça, mas agora sei a resposta. As moléculas de ácidos nucléicos são a maior forma de arte que o Universo concebeu. A maior obra-prima da evolução, a Mona Lisa da vida. Seu funcionamento é uma dança, um balé orquestrado pela Natureza e compassado em perfeita sincronia. A peça mais matematicamente complexa de um acervo clássico. E toda essa complexidade e beleza exigem - e merecem - um ano de estudos para ser compreendida; e mesmo com um ano de estudo, às vezes a quantidade de informação não consegue ser assimilada, nem com um ano de dedicação, pela exorbitante massa de conteúdo.
Tendo em vista toda essa beleza e complexidade, seria fácil entender porque muitos atribuem ao DNA o estado de Deus. A orquestra da cromatina encanta qualquer um, mesmo os bastardos que odeiam a genética, como eu. Mas na verdade, não é.
Fica até difícil entender porque tantos cientistas não acreditam no espiritual. Tanta sincronia e precisão não podem ter surgido por acaso, nem podem continuar acontecendo por mero fortúnio da evolução. Um ano de estudos não é capaz de compreender completamente todos os movimentos coordenados desta dança, acontecendo casualmente, como se fossem um mero suspiro, mas ordenando toda a vida, num número envolventemente tétrico. A genética não é uma resposta ou fim, mas uma ferramenta para quaisquer forças maiores que comandem o mundo e os homens. Assim como o são todas as ciências. O homem descobre o conhecimento, no sentido literal do verbo - elucidar, revelar. Ele não cria, nem o conhecimento cria a si próprio. A ciência é um conjunto de fórmulas e conceitos para ajudar a exploração da lógica criada pela própria vida, uma tentativa de quantificar toda a sincronia da Natrueza.
E deixo esse pensamento em aberto: serão as respostas que o homem pensa ter apenas uma faceta conceituada da Verdade?

- Ao som de: Norma Jean - Self-Employed Chemist -

O Pai que enche a cara e mete a porrada na esposa e negligencia os filhos

É como eu eu me sinto quando penso no Blog.
Tadinho.
Já dei mais amor pra ele.
Eu tirei umas férias muito boas (e merecidas por sinal, porque consegui mandar bem na facul sem fazer nada por um semestre inteiro) e consegui ficar um mês inteiro sem pensar. Não, não foi um mês sem pensar em nada pra escrever. Foi sem pensar em nada mesmo. Foi bom. Fiquei totalmente sem dinheiro, mas ganhei um amolador de facas, uma infecção intestinal e perdi pêlo em lugares que dão pena de morte em países islâmicos.
Agora, eu devo admitir que realmente tinha esquecido do Blog.
Assim como o pai bêbado que mete a porrada no filho de 5 anos que vem lhe mostrar o desenho feito com lápis de cor numa folha A4 em uma melancólica tarde de verão enquanto a mãe desesperada se enforca no banheiro, desprezei esse pedacinho de html.
Mas vou voltar, prometo, sou um novo homem e aprendi a valorizar as coisas simples e as regiões cobertas de pêlos antes menosprezadas de meu corpo.
Voltarei a postar antes do que eu mesmo imagino.
Agora, cale a boca e me traz outra cerveja.