quinta-feira, 31 de julho de 2008

Correndo Através da Montanha

Eu minto bastante pra mim mesmo.
Eu acho que sou à prova de balas.
Eu sei que nunca vou achar o que falta em mim.
Eu não sei o que falta em mim.
Eu estou cansado.
Eu queria ser como todos os outros.
Eu me amo demais.
Eu aceitaria trocar de lugar com qualquer um.
Eu queria ser metade do que as pessoas esperam de mim.
Eu queria que as pessoas não esperassem de mim.
Eu não sei quem sou.
Eu queria que a vida fosse mais complicada.
Eu queria viver mais simples.
Eu odeio quando as pessoas mudam ao meu redor.
Por que as pessoas mudam ao meu redor?
Eu preferia não ser idealista; preferia ter foco.
Eu queria ser à prova de balas.
Eu quero explodir em chamas.

- Ao som de: Placebo - Running Up That Hill -

terça-feira, 29 de julho de 2008

Somente

Começo este post pedindo perdão. Perdão pela minha ausência prolongada, fruto de um bloqueio criativo que dura meses, mas que não me tira das minhas responsabilidades, e mesmo com a demora pra perceber tal realidade, cá estou, mais uma vez, lutando contra a barragem que se instaura em minha mente.

Este post, no entanto, é uma argumentação referente às palavras de meu amigo Milsana em seu blog.

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Eu, apesar de todo o ceticismo e frieza, acredito sim que o "coração" sabe melhor. Seja lá de onde venham os sentimentos, mas estes não mentem. Traduzem exatamente o que alguém deseja, ou não deseja, ou como este vê o que tem e o mundo ao seu redor, sem segundas intenções; mesmo que não durem pra sempre. A leitura do "coração" revela os objetivos de todos nós no momento em que ela é feita, e isso vale até mesmo pra um filho-da-puta como eu. Se esses sentimentos mudarão ou não, o tempo dirá, e não cabe a nós tentar predizê-lo, visto que somos ínfimos comparados à ele. O coração é sábio, pois só ele sabe distinguir o desejável do descartável - uma noção extremamente individual, e por isso a sua importância, - mesmo nos momentos em que nem nós sabemos o que queremos. E nesses momentos, deve-se ter cuidado; a leitura do coração é uma ferramenta, e não um caminho. Ela deve auxiliar o pensamento racional, a dosagem do quanto se quer combinada à disposição de se buscar o que se quer.
Também acredito que nunca me apaixonarei de verdade, e numa nota pessoal, me satisfaço com a idéia: não gostaria de me apaixonar pelo mesmo motivo que não gosto de ficar embriagado - apaixonar-se requer a perda de controle, não do outro, mas de si, e não para outro, mas para alimentar o sentimento. Me coloco de pé e bato palmas à máxima que versa sobre "não ser preciso achar alguém para amar, se você amar tudo aquilo que estiver em sua volta". Mas não acredito que seja a única saída possível para o problema da falta. Existe outra, mais egoísta e menos otimista: apaixone-se por si mesmo. Aprenda a gostar de ser o que és, e a gostar de ter como companhia perpétua o seu Universo - que por mais clichê que a frase possa soar, é um caminho que muitos ignoram. Falta amor próprio.
Confesso que acredito ser este o motivo por não conseguir me apaixonar por outra pessoa. Parafraseando mais uma vez nosso caro Milsana, para apaixonar-se, deve faltar algo, para que haja então a busca em outros lugares - outras pessoas - por algo que preencha esse vazio. Mas acho que fiz uma troca justa. Troquei a melancolia e as dúvidas pela certeza de que enquanto me mantiver superior à sorte e ao acaso, serei feliz; e prego, amigos, que foi uma boa troca. Mas novamente, é só o que o meu coração negro e calculista me diz no momento.
Esse foi o Oráculo, ao vivo do hotel na árvore de cactus.

- Ao som de: Kammerflimmer Kollektief - Jinx -

terça-feira, 8 de julho de 2008

Coceira

Já faz uns dois dias que eu estou com uma coceira muito estranha.
Começou nas pernas, como se um mosquito tivesse me picado em várias partes delas.
Hoje, se espalhou pelo corpo todo, ficando bem marcado nas costas e braços, e também tá coçando pra cacete.
As mordidas nas pernas tão quase virando feridas.
Caralho, será que eu tô com PULGAS?