segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Dia de Ano Novo

Em nome da equipe do Blog da Insônia - já que o Smokey resolveu tirar férias do serviço e me deixou na mão pra tomar conta dessa porra, - desejo a todos vocês um coração partido e um próspero Ano Novo. Praqueles que ficam, um abraço caloroso, uma fotografia, muito prazer, adeus. Praqueles que vão, dê-mos as mãos: dançamos numa linha tênue, matamos os nossos sonhos em mescalina, olhamos para a Lua, Zeus e para o paraíso, e brindamos a sinfonia das cápsulas em nosso caminho; agora, damos as mãos por sobrevivermos mais um ano nessa guerra de trincheiras que chamamos de "vida". E que vida maravilhosa é essa... Que ano maravilhoso foi esse.

Aos irmãos, sorrisos.
Aos amantes, beijos.
Aos inimigos, abraços.
E a todos, sem exceção: longos dias e belas noites, desse pistoleiro que os saúda.

- Ao som de: Thursday - Tomorrow I'll Be You -

domingo, 30 de dezembro de 2007

Oráculo Music Awards 2007!

Dezembro chega ao fim, e com ele o ano de 2007. E com o fim deste, chega a hora do Oráculo eleger aqui os melhores da música desse ano que se passou! Sim, claro, digam Deus-bomba!

Melhor música - Streetlight Manifesto - Down, Down, Down To Mephisto's Cafe
Melhor álbum - The Number Twelve Looks Like You - Mongrel
Melhor artwork - Circa Survive - On Letting Go
Melhor letra - House Of Blow - Afghani Black
Melhor single - Rihanna (feat. Jay-Z) - Umbrella
Melhor produção - The Dillinger Escape Plan - Ire Works (Steve Evetts e Ben Weinman)
Revelação do ano - Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare
Menção honrosa: The Blood Brothers (R.I.P)
Menção honrosa: o retorno triunfal do Glassjaw
Menção honrosa: o show do Deftones em São Paulo

Óbvio que isso tudo segue os meus parâmetros e conceitos musicais. Sintam-se livres para discordar ou ignorar tudo. E quem vier chiar por conta da Rihanna, vá se foder.

- Ao som de: The Blood Brothers - Giant Swan -

sábado, 29 de dezembro de 2007

Mulher de Fases

Que mulher ruim
Jogou minhas coisas fora
Disse que em sua cama eu não deito mais não
A casa é minha, você que vá embora
Já pra saia de sua mãe e deixa meu colchão

Ela é pró na arte de pentelhar e aziar
É campeã do mundo
A raiva era tanta que eu nem reparei que a lua
diminuia
A doida tá me beijando há horas
Disse que se for sem mim não quer viver mais não
Me diz, Deus, o que é que eu faço agora?
Se me olhando desse jeito ela me tem na mão
"Meu filho, aguenta.
Quem mandou você gostar
Dessa mulher de fases?"

Complicada e perfeitinha,
Você me apareceu.
Era tudo que eu queria,
Estrela da sorte.
Quando à noite ela surgia,
Meu bem, você cresceu...
Meu namoro é na folhinha,
Mulher de fases.

Põe fermento, põe as bombas
Qualquer coisa que aumente e a deixe bem maior que o
Sol
Pouca gente sabe que, na noite, o frio é quente e arde
e eu acendi
Até sem luz dá pra te enxergar o lençol
fazendo congo-blue
É pena, eu sei, amanhã já vai miar... Se aguente,
Que lá vem chumbo quente!


Precisa dizer mais?

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O Oráculo está de volta, e pelo visto, o Smokey abandonou o blog às moscas.
Dude, eu sei aonde você mora. Esteja avisado.

- Ao som de: The Blood Brothers - Vital Beach -

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Vespas de Natal

Feliz Natal à todos os frequentadores do Blog da Insônia! Que as resoluções de todos vocês durem muito mais que as minhas, que os sonhos mais longínquos cheguem cada vez mais perto, e todas essas viadagens semi-poéticas que todo mundo já encheu o saco de ouvir à essa altura do ano. Curtam bastante essa data: encham a cara e peguem barangas pra esquecerem-se do ocorrido no dia seguinte, pulem sete ondas pra convencerem-se de que Iemanjá vai apoiá-los no que desejaram (ao invés de tomar tudo de vocês no fim das contas), finjam gostar de seus primos e tios chatos pra caralho pelo bem comum da família, comam pernil com farofa estragada e tenham uma diarréia cruel no dia seguinte. Não esquecendo de viajar seis horas pruma estrada de 1km ao longo de uma praia fedida que os habitantes gostam de chamar erroneamente de cidade.

Ah, é, o único que vai se atrever a fazer isso sou eu.

- Ao som de: Radiohead - Sit Down, Stand Up -

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Ateando Fogo A Gigantes Adormecidos

Amanhã é minha colação de grau. Depois dela, festa de formatura. E no dia seguinte, outra festa de formatura; em ambas estarei acompanhado por bons pistoleiros, e por um belo Sol brilhando eterno em meu favor. Dois dias seguidos de tiroteio. Quase me sinto descendo a Colina de Jericó.

"Pandemônio" não é a palavra certa, mas é a primeira que me vem à mente.

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Queria ter coragem de abrir a minha boca e quebrar a parede de silêncio entre nós. A parede que você não vê, mal sabe que existe, mas que ainda assim, está lá. Você não a percebe, porque outras frases são ditas em outras direções, sem sentido, sem emoção, sem propósito. Mas nela, ficam retidas as mais importantes. Residindo nelas, palavras nunca ditas por medo, distração ou pura e simples insensibilidade. Palavras que eu acorrrento à minha garganta, numa luta desesperada pra fazê-las voltarem pra dentro da minha cabeça - ou qualquer outro órgão mais facilmente associado a emoções, - evitando que você as ouça e as dispense em seguida, para morrerem como zangões buscando a rainha. Queria ser bravo o suficiente para ser sincero com você, como sou com todas as outras criaturas desse mundo. E não é que eu minta; nunca, nem pra você, nem pros meus piores inimigos. É só uma questão de delicadeza: como em manusear um objeto quebradiço. Muita força, e o vidro se parte, a areia corre pela rachadura, e o tempo se perde. Mas pouca força não gira a ampulheta. E você me conhece o suficiente pra saber que eu odeio meio-termo. É só uma questão de não ter medo do passado, enterrar o que aconteceu e deixar acontecer. Mas dizer é fácil, e mesmo dizendo, amanhã eu ainda não direi que senti sua falta durante cada dia em que não te vi, que quero ficar com você de verdade, que adoro sua companhia, e que realmente gostaria de passar mais tempo com você. Não direi que eu decido, sim, embora à essa altura da partida você já não acredite nisso. Decido, sim, e muito bem, mas tenho medo de que você não vá aguentar as consequências dessas decisões; medo de que você não vá ficar ao meu lado quando o tiroteio começar.

- Ao som de: The Dillinger Escape Plan - The Mullet Burden -

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O Segundo Pé

Quando eu passei pra segunda fase de Direito na UFF com 50 pontos sem inglês, todo mundo disse que eu estava com um pé lá dentro.
Agora, um telefonema do Turtle Boy me informou que minhas notas em história e português estavam na casa dos 7,5 pontos e que eu tirei 9,7 na redação (!!!!!!!!!) [o que talvez se deva em grande parte à este blog].
Ou seja, eu estou praticamente com um segundo pé lá dentro. Não vou afirmar que eu já entrei, mas acredito que isso é bem provável. Eu tinha até feito a matrícula pra PUC ontem e tinha ficado com medo de não passar pra UFF, a única faculdade que eu realmente queria estudar, e ter que estudar no Rio.
Mas...parece que não vai ser assim, afinal de contas!
Só tenho uma coisa a dizer:

YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEYYYYYYYYYYYYY!

Puta merda.
Passar no Vestibular é realmente mais legal do que parece!
Pra quem não conseguiu, vai uma dica: Não desanime e tente denovo! Sentir que foi aprovado é foda!
Agora só falta esperar a lista de classificação com a confirmação em Janeiro...que é ou quando eu saio pra jantar em comemoração ao sucesso ou quando entro em depressão com o fracasso e me jogo da Ponte Rio-Niterói no Vão Central!

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Tá chegando o Natal!
E amanhã eu devo desbloquear o meu Wii e comprar um Sensor Bar novo!
Só falta decidir qual chip botar!
Hohoho! =]

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Ah!
E amanhã (hoje, né?) na Colação de grau, eu devo tocar junto com mais um quinteto representando a Orquestra La Salle.
Wish me luck, porque eu vou precisar!

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"9,7 na redação?

YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEYYYYYYYYYYYYY!"

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

The Perry Bible Fellowship









Hoje eu vou falar de um de meus sites preferidos de Webcomics, o The Perry Bible Fellowship.
Eu sou um grande fã de Webcomics cômicas online, que podem variar desde desenhos e pequenas tirinhas até revistas inteiras.
Podem ser encontrados diversos desses sites, como o Malvados, Allan Sieber, Gone with the Blastwave e Linha do trem, só para citar alguns dessa infinidade.
No entanto, um que recentemente chamou a minha atenção é o The Perry Bible Fellowship.Com uma forte dose de humor negro, esse site consegue satirizar o cotidiano, gerando situações hilárias ao levar situações normais e clichês clássicos ao extremo. O melhor de tudo é que nem todas as piadas são dadas "na cara". Algumas requerem um conhecimento específico em determinado assunto ou um forte raciocínio associado com uma excelente observação de todos os detalhes das tirinhas.
As tiras, escritas e desenhadas por Nicholas Gurewitch variam no traço, desde desenhos aparentemente "infantis", até tirinhas que se aproximam de obras de arte.
O único porém é que todas as tirinhas são escritas em inglês, e para se entender todas as situações, é necessário um conhecimento forte nessa língua.
Altamente recomendado, se alguém quiser me comprar a edição de capa dura, fique à vontade =]

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Mais algumas tirinhas (com tradução ao lado):



"Escorpi, o Amiguinho da Floresta"






Tira 1: "Chamando todos os Amiguinhos da Floresta! Um jogo de segurar no rabo vai começar!"
Tira 3: "Só uma rodada e o Rookie já cansou!"
Tira 4: "Começando o round dois! Vamos lá Escorpi!








Tira 4: (Lê-se na faixa) "Polícia de New York, não ultrapasse"







"Guerra de comida!"















Tira 1: "Deborah, eu não encontrei sobreviventes"
Tira 2: "Especialmente não ali."
Tira 3: "Não Frank. Agora não."
Tira 4: (os corpos formam) "QUER CASAR COMIGO?"


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Só não posto mais porque o Blog não permite que elas fiquem em seu tamanho original, o que tira um pouco a graça...
Bem...taí então, um site recomendado por Tio Smokey!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Desejar

"O que você quer?" - é a pergunta. O que desejas tão intensamente que te faz abrir os olhos de madrugada, durante seu repouso merecido? O que faz sua pele secar de ansiedade quando o momento se aproxima? É o mesmo que sempre quisestes, ou é algo novo, provavelmente inacabado? É alguém, algo, quando, ou você mesmo?
Mas mais importante do que isso: é o que você realmente quer? É o que você precisa? É algo sem o qual seus dias de verão são raios de um sol doente e cinza, e os invernos tem a força de um estouro de manada? Ou é só mais um capricho dessa sua existência mundana e tediosa procurando redenção num mundo onde ninguém pode ser salvo, e mesmo que pudesse, não poderia contar com a ajuda dos outros, ocupados demais tentando salvar a si próprios?
Mas por que você quer? Por que isso, e não outro coisa? Por que isso, e não o extremo oposto? Os motivos que te fazem querer o que quer agora são os mesmos motivos pelos quais julgas o caminho a trilhar, ou é uma extravagância, uma exceção? É um desejo instantâneo ou um imortal?
Afinal de contas, o que você realmente quer?

- Ao som de: The Blood Brothers - Giant Swan -

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Estradas

Moçada, estou viajando hoje, sexta-feira. Volto apenas no domingo. O Smokey fará companhia a vocês no meio tempo, eu prometo, então não fiquem solitários, tá? Tio Oráculo volta em dois tempos. E quando voltar, tem um puta post pra fazer. Sabe aquele post que divide eras no blog? Esse post.

- Ao som de: Radiohead - Idioteque -

Interlúdio

Três horas da manhã, e eu ainda estou acordado, sem qualquer sono -
insônia.
Meu corpo inteiro dói, e eu mal consigo me levantar dessa cadeira -
doença.
Estamos em Dezembro, eu espero me trazerem o que eu quero -
covardia.
Está chovendo, e o romance está morto, afogado na tempestade -
desapontamento.
Eu não sei o que tá havendo comigo, mas seja lá o que for, está errado -
esperança.
Acordar no pior dia da minha vida, acordar beirando a reta final -
ansiedade.
Dormir mergulhado em águas doces e quentes, simplesmente não dormir -
medo.
Um novo começo, o último final -
crescendos, aplauso, verde, dourado.

- Ao som de: Parkway Drive - It's Hard To Speak Without A Tongue -

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Algo Que Nunca Terei

É essa merda desse coeficiente, fodendo a minha vida mais uma vez. Outra vez o tive em mãos, outra vez o deixei escapar entre meus dedos; outra vez tive uma chance, e outra vez desperdicei. Será que foi culpa minha mesmo? Ou será que só não deve ser? Será que eu estou falando um monte de merda, e que nada se perdeu, só se alterou, ou nem isso? Eu confio na minha intuição; quem atira com a mão, esqueceu a face do próprio pai. E ela diz que eu afundei pela última vez nesse poço de lama, e que dessa vez eu não saio.

- Ao som de: Carnifex - Lie To My Face -

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Pedreiros da Puta que o Pariu !!!!

PUTA QUE O PARIU, PUTA QUE O PARIU, PUTA QUE O PARIU!!!!
Esse não é um post engraçado.
É mais um desencarno de consciência.
É um post de um cara puto. O tipo de putice que te faz querer isolar o seu modem com um taco de beisebol. E te faz querer ligar para a assistência técnica da internet pedindo um técnico, e quando ele entra em sua casa você o surra até a morte com o taco. E depois o esquarteja, junta os pedaços em várias poses exóticas, tira um monte de fotos de envia para a viúva!
Deixe eu explicar o caso.
Acontece que recentemente minha mãe contratou um pedreiro para pintar a minha casa.
Foi um trabalho complicado, pois envolveu retirar todos os livros e deslocar os móveis, cobrí-los para não sujar de tinta e etc.
Pois bem. Assim tudo ia. As coisas foram tiradas do lugar e o quarto foi pintado. Após isso, deslocaram os móveis para seus lugares de origem, entre eles a escrivaninha gigante do meu quarto.
E hoje pela manhã, o que eu descubro?
O FILHO DA PUTA DO PEDREIRO ROMPEU O FIO DO SENSOR BAR DO MEU WII QUANDO EMPURROU O MÓVEL DE VOLTA!!!
WAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!
Puta que o pariu, o fio foi literalmente PARTIDO E DESCASCADO!
Sem o sensor de movimento, não tem como rodar nem mesmo os jogos de Gamecube!
Caralho, e o pior é que o eu teho 99% de certeza que o Sensor Bar não é vendido avulso do videogame, e é óbvio que nesse país subdesenvolvido de merda não vai ter uma assistência técnica que vá consertar essa merda!
Porra, agora que eu ia desbloquear aquela porra do Wii e ia finalmente jogar pra valer nessas férias...
Puta merda, que pedreiro da puta que o pariu! Agora vamos ver como eu resolvo essa situação ¬¬...

OBS: Eu tinha jurado para mim mesmo que nunca iria postar esse vídeo no blog por o considerar infame, mas PUTA MERDA, entendo exatamente como o "Chefe" se sente agora!!



VAI TOMAR NO CÚ, PEDREIRO FLAMENGUISTA DE MERDA!

Se te pego, enfio o Wiimote bem fundo no teu cú como vingança!

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Poxa.
Me sinto bem melhor. ^^

"-Furo o Buraco?
-Que buraco?
-O outro buraco, porra!
-Ué, furei, esse buraco aqui, ó.
-Não animal, o outro, caralho!
-VAI TOMAR NO CÚ, PORRA!"

Estelar

Sorria, e o mundo sorrirá com você. Chore, e chorarás sozinho.

Um dia embrulhado numa bolha de tempo.
Uma brisa despedaça esse vítreo momento.
Um olhar de doçura que os espinhos embota.
Uma janela se abre prum canteiro de rosas.
Um segundo se passa, tão meu quanto seu.
Uma nuvem se esvai e a rosa cresceu.

Foi tudo muito dezenove, mas eu sorri do mesmo jeito.

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Não reparem no pedaço de poesia ali em cima. Foi meio espontâneo, então segurem as pedras.

- (Ainda) ao som de: Secret Lives Of The Freemasons - It Only Took A Whisper

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Com Nada Por Baixo

Ah, como eu te quero. Te vejo tão linda assim, do meu lado, tão parecida comigo, mas tão diferente, e vejo que eu e você não devíamos - nem podemos - estar separados. Seu lugar é comigo, e eu posso te fazer feliz; posso te fazer melhor, mais forte, uma pessoa mais completa. Mas eu não tenho coragem... Eu me contento em olhar pra você, enquanto você olha pra mim, e nós dois sorrimos, como amantes no Ano Novo, e nos convencemos que esse ano ficaremos juntos. Ah, como eu te desejo. Se só você soubesse o quanto eu penso em você... Quantas noites eu já lembrei da sua voz antes de dormir... O quanto você me hipnotiza. Queria saber se você ainda me quer como já quis, embora saiba que você nunca vai me querer tanto quanto te quero. Mas tudo bem, eu aprendo a viver com isso; nesses anos, aprendi a ser um homem mais forte do que qualquer coisa que aconteça. Eu só queria te beijar outra vez, e dessa vez, com emoção, com esperança, não com medo e insegurança, como das outras vezes. Queria sentir esse seu beijo, que me amaldiçoa, e eu lembro exatamente como seus lábios tocam os meus, e se encaixam perfeitamente, como metades separadas de um círculo. Brinca com o amor, querida, brinca como a menina sem juízo que és, porque um dia você será minha, e um dia eu vou te fazer feliz. Esse teu coração de menina vai perceber que ninguém além de mim vai te fazer completa. Você brinca com o amor, mas tudo bem, eu espero você amadurecer. Por você, eu espero até o fim do mundo. Nossas peles formam o mesmo desenho, nossos olhos, o mesmo mosaico. Ah, como você é linda. Eu perderia a noite escrevendo sobre você. Seu cabelo, seu olhar, sua voz, seu sorriso, sua ebriedade, sua falta de segurança, sua incerteza, seus ventos nordestes colidindo com os ventos frios do sul e dançando ao som de trezentas folhas caindo no Outono duradouro entre os dois palmos que nos separam. Continue apaixonada por mim, desse seu jeito eloquente e juvenil, e eu vou estar sempre amarrado entre seus dedos, e sorrindo como sorrio agora, quando devia odiar a minha vida por não te ter, mas a adoro e cortejo por te ver. Eu, pistoleiro por formação, mestre no ofício, ajoelho à sua vontade, se assim você quiser. Faço qualquer coisa por você, e queria que você tivesse coragem de fazer por nós dois o que eu não tenho coragem de fazer por mim mesmo: dar o primeiro passo. Começar, virar a chave, ligar a ignição, dar o primeiro sopro, o primeiro beijo, a primeira palavra. Por mais cabeças que eu conte na minha parede, a sua vai sempre ficar vaga, se depender de mim. Você me drena a coragem, bela sirene. Perto de você, eu me torno menos que um pistoleiro, menos que um cavalheiro, menos que um homem, menos que um garoto: me torno um trilhador de cordas-bambas, e um poeta vagabundo, morto por uma culpa de artista.

Você brinca apaixonada, você raramente continua apaixonada; posso dizer que você desistiu de seu coração, queimando nossas bocas e nossos olhos e nossos olhos e nossos olhos e nossos olhos e nossos claros olhos em luzes douradas e verdes que nunca esqueceremos pelo resto de nossas vidas.

Eu estou feliz. Não sei porque, pois não devia estar. Mas estou feliz. Sorriam, ergam seus copos, e sejam maiores que a sorte. Enquanto permanecermos interiormente superiores à sorte, ao acaso, ou ao destino, seremos eternamente felizes. Um brinde, senhores, à uma noite que lembraremos pro resto de nossas vidas.

- Ao som de: Secret Lives Of The Freemasons - It Only Took A Whisper -

domingo, 9 de dezembro de 2007

Andando Sobre A Lua

Minha lista de arrependimentos agora conta com mais um item: "não ter ido ao show do The Police no Maracanã". Puta, quem viu o show e curte a banda deve ter ficado tão de boca aberta quanto eu. Impressionante como o Sting ainda consegue manter o desempenho dele, e o show deles ainda tem uma puta vibe, mesmo depois de tantos anos. Eles ainda fizeram o favor de abrir o show com Message In A Bottle, que tem uma das linhas de guitarra mais maneiras que eu conheço. Daí em diante, foi só porrada: Don't Stand So Close To Me, King Of Pain, Every Breath You Take, So Lonely, só as peso-pesado. Destaque também pros Paralamas do Sucesso, uma banda respeitável que depois de tantos anos e uma tragédia lastimável ainda consegue fazer um show de qualidade, tocando seus clássicos como Meu Erro, Vital E Sua Moto e Lanterna Dos Afogados - essa última sendo uma das mais bonitas canções da MPB, na opinião deste que vos redige.
E eu não fui, por causa da maldita prova da UFF, que nem fazer eu irei. Ó, Discórdia.

Mas ei, eu fui no Deftones em São Paulo. Morte aos infiéis.

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Fuçando pela internet, me deparei com um projeto de filme nacional que me despertou o interesse. Pra quem não sabe, eu sou fã de filmes de zumbis, assim como de Glassjaw e Stephen King. Quando conheci o projeto, fiquei entusiasmado com a idéia. A qualidade da produção é excelente, tratando-se de um filme C, especialmente o trabalho de maquiagem. O filme se chama "Sob A Lama do Mangue Negro", e é dirigido por Rodrigo Aragão. Tá aí o trailer:

YouTube - Sob a Lama do Mangue Negro

- Ao som de: The Police - Message In A Bottle -

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A última viagem do Caliquetchmonirab

O Blog da Insônia , como todos bem sabem, é escrito principalmente em noites insones. E o comentário que o Oráculo fez acerca de mim me deixou chocado: "Cara, parece que um ônibus passou por cima de você, você precisa descansar." (Ele já está de férias e eu me matando de estudar, hauehuaheuahue, me fudi...).

E justamente quando decido dormir, vejo uma notícia que me tira o sono e acende minha vontade de postar.




ACIDENTE DE TREM MATA 2.000 EM RAFLAQUESHTAB, INDÍA



"O trem transnacional Caliquetchmonirab, o "cão aleijado", realizou na tarde de ontem, às 17:38, horário de Bombaim, sua última viagem. O trem que continuava operando após 153 anos de fiel trabalho já vinha demonstrando alguns pequenos problemas, como o clássico caso de Blagstoft, no qual, mesmo tendo saído dos trilhos e passando por cima de dezenas de vilas camponesas, Caliquetchmonirab continuou percorrendo bravamente seu percurso, parando de andar apenas 200 metros mar adentro, matando grande parte da sua tripulação e passageiros afogados, e deixando que o resto fosse comido por tubarões. Até hoje, esse dia é lembrado em conversas animadas nos bares indianos.

No entanto, ontem o caso foi grave. A perícia indiana afirma que uma vaca nos trilhos foi o grande algoz da destruição de Caliquetchmonirab. Ao se deparar com nosso sagrado animal o maquinista, preocupado, decidiu acionar os freios, que não eram usados desde "A Grande Marcha do Sal", quando frearam para Ghandi passar. Ao puxar o cordão dos freios, o esforço excessivo fez o trem explodir, causando a morte de seus passageiros.











O trem, poucos minutos antes da explosão, operando com apenas 30% da sua lotação máxima











Entrevistamos alguns dos sobreviventes, jogados para fora do trem com impacto da explosão;

"Para falar a verdade, eu não vi nada, o brilho da explosão me cegou e assim estou até agora!" - disse o castrador Guliabnhg Giasfbajulard. Mas fontes do nosso jornal afirmam que na verdade, ele perdeu os olhos.

Outro sobrevivente, Joheid Amrgioangianf, comemorou a alegria de estar vivo:

"Pouco me importo com aqueles pedaços de gente voando! Eu estou vivo! E inteiro! Estico minhas mãos aos céus! - e, após um exame mais detalhado, Joheid se corrigiu:- Ah, merda. Parece que eu perdi o meu braço."

O governo não tem um número exato de mortos. Segundo Ekhaidack Shardrekcaou, paramédico do governo, "se juntarmos todos os pedaços que achamos até agora, dá pra chutar mais ou menos uns dois mil mortos".

O governo indiano expressou alegria com o número baixo de mortos e toda a Índia comemora. Caliquetchmonirab viverá sempre em nossos corações. E a vaca passa bem."

Fonte: Bombaim News (traduzido por O Fórum de Três Vassouras)



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Puta merda, o natal está chegando e quero desbloquear meu Wii (e comprar Guitar Hero 3 com a guitarra >_<
E procurando um chip bom pela net, adivinha o que encontrei? Uma das desgraças causadas durante a jogatina do Wii!

(OBS: Reparem como o moleque continua tentando jogar! huaehuaehueahueahueahue!)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Perdidos

Enfim, acabou. Ontem, domingo, finalmente começaram minhas férias. Achei que não fosse sobreviver ao terceiro ano, e lá pela metade dele já estava clamando por uma pausa. Agora que ela chegou, sinto falta da escola. É estranho pensar que nunca mais voltarei a ter aulas no colégio em que estudo há onze anos, dificilmente vou ver todos aqueles rostos tão familiares de desconhecidos outra vez. Existe um imenso abismo entre o fim do Ensino Médio e o ingresso numa universidade, que consiste na aceitação da idéia de fim. Esse é o período de adaptação que é dado a todos nós para aprendermos que nossas vidas eram muito fáceis, e que reclamavamos demais por algo que nos era confortável; e que agora, somos adultos, talvez não legalmente ainda, mas perante a sociedade, e principalmente perante a nós mesmos.
De agora em diante, é cada um por si, e Deus por quem acreditar em Sua existência. Saímos de um terreno extremamente familiar e aconchegante para nos aventurarmos além das muralhas do previsível, e isso assusta demais por nunca termos sequer espiado por cima dela, em nossa maioria.

Mas pra que ficar pensando nisso, se eu posso pensar que simplesmente não precisarei (com um pouco sorte) nunca mais fazer provas de vestibular? Ah, a vida é bela...

- Ao som de: Incubus - A Kiss To Send Us Off -