sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Ateando Fogo A Gigantes Adormecidos

Amanhã é minha colação de grau. Depois dela, festa de formatura. E no dia seguinte, outra festa de formatura; em ambas estarei acompanhado por bons pistoleiros, e por um belo Sol brilhando eterno em meu favor. Dois dias seguidos de tiroteio. Quase me sinto descendo a Colina de Jericó.

"Pandemônio" não é a palavra certa, mas é a primeira que me vem à mente.

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Queria ter coragem de abrir a minha boca e quebrar a parede de silêncio entre nós. A parede que você não vê, mal sabe que existe, mas que ainda assim, está lá. Você não a percebe, porque outras frases são ditas em outras direções, sem sentido, sem emoção, sem propósito. Mas nela, ficam retidas as mais importantes. Residindo nelas, palavras nunca ditas por medo, distração ou pura e simples insensibilidade. Palavras que eu acorrrento à minha garganta, numa luta desesperada pra fazê-las voltarem pra dentro da minha cabeça - ou qualquer outro órgão mais facilmente associado a emoções, - evitando que você as ouça e as dispense em seguida, para morrerem como zangões buscando a rainha. Queria ser bravo o suficiente para ser sincero com você, como sou com todas as outras criaturas desse mundo. E não é que eu minta; nunca, nem pra você, nem pros meus piores inimigos. É só uma questão de delicadeza: como em manusear um objeto quebradiço. Muita força, e o vidro se parte, a areia corre pela rachadura, e o tempo se perde. Mas pouca força não gira a ampulheta. E você me conhece o suficiente pra saber que eu odeio meio-termo. É só uma questão de não ter medo do passado, enterrar o que aconteceu e deixar acontecer. Mas dizer é fácil, e mesmo dizendo, amanhã eu ainda não direi que senti sua falta durante cada dia em que não te vi, que quero ficar com você de verdade, que adoro sua companhia, e que realmente gostaria de passar mais tempo com você. Não direi que eu decido, sim, embora à essa altura da partida você já não acredite nisso. Decido, sim, e muito bem, mas tenho medo de que você não vá aguentar as consequências dessas decisões; medo de que você não vá ficar ao meu lado quando o tiroteio começar.

- Ao som de: The Dillinger Escape Plan - The Mullet Burden -

Um comentário:

Turtleboy disse...

Vendo um coração, qualquer interessado favor contactar blog dos quarks...
E se a gente perder o contato vo ficar puto!!!!! Você é um dos amigos que mencionei lá que se encaixa nas duas situações: conheci agora e viro irmão!!
Abração!!