terça-feira, 3 de novembro de 2009

Maria

Posto aqui um texto redigido pelo amigo Pedro Stelling, que me pediu pra colocar esse poema no blog. E aí está! :D

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Com a aurora vem o despertar
Com o sol, a solidão.
Apenas sou,
Não há ninguém.
Procuro, e não há ninguém
Insisto, e ela não vem.


Passa o dia, aumenta o calor
Aumenta a dor,
Cresce o pavor.
Pavor da solidão, do que sente o coração
Pavor de ser,
E medo de dar a mão.


Ao crepúsculo, a luz se vai
A vontade se esvai
E a solidão persiste.
O silêncio que eu grito
Sai rouco, sai triste,
Pois apenas de aflição consiste.


Sentado em minha cadeira,
vago pela escuridão
à procura dela.
Minha paz, meu açoite,
Meu viver, minha noite
Minha droga, meu tudo.


Meu tudo, contudo, está vazio
Está frio
Suas cinzas, pelo rio.
Deito com o dia claro, a noite já é passado
Assim como Maria.
Vou sonhar com Maria.

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Cheers pro Stelling!

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