domingo, 18 de maio de 2008

Tempo Perdido

Perde-se tanto tempo com o que se pensa ser importante, mas não passa de devaneio; falta de atenção. Convencionou-se precisar demais do que é pouco necessário, e a avaliação e o bom-senso foram jogados para um segundo plano, enquanto adota-se uma filosofia não-irente ao próprio ser, mas que alguém um dia adotou pra si e vendeu os bons frutos da ocasião. Negam-se os instintos, os sinais, as vontades - até o próprio sentimento, - em busca de um ideal que nunca se quis, nunca se pesou corretamente, para saber se é realmente esse o fim que se deseja. Já disse o poeta que mentir para si mesmo é sempre a pior mentira, mas sei que é também a mais fácil mentira a se contar; enganar é dizer o que se quer ouvir, e mesclando a vontade de dizer com a vontade de ouvir de nós mesmos, é fácil estabelecer uma rede de fantasia aonde nos prendemos. Sei, pois aprendi da forma mais dura. E tentei passar adiante o que aprendi, pois se alguém pudesse aprender de outra forma que não a que tive que experimentar, seria para mim uma vitória. Mas não consegui, e certas lições têm que ser aprendidas por tentativa e - inevitável - erro. Inevitável como uma bala em meio-vôo, dirigindo-se ao seu alvo. Ora-se, compram rosas, lástimas são feitas: qualquer coisa, menos parar o projétil.

- Ao som de: The Dillinger Escape Plan - Hollywood Squares -

2 comentários:

Lo Scienziato. disse...

quando eu recusei ler Machado de Assis, achava que tava tranquilo. "Posso continuar lendo só blogs!"
Me fodi.

Smokey Mcpot disse...

Eita...
Comentando aqui só pra justificar a minha vergonha: Quem anda atarefado e sem tempo agora sou eu ._.
Vou ver se nesse feriado dou as caras por aqui e escrevo algo de útil...
(OBS: Oráculo, você está viajando? Nem no MSN te vejo mais...)