sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Rugido

Aconteça o que acontecer, grite.
Apenas grite. É tudo o que você deve fazer.
É tudo o que lhe basta fazer.
Grite como os que vieram antes de você gritaram pelas coisas que eles também queriam. Como eles gritaram para evitar as coisas que eles não queriam que acontecessem. E como eles gritaram quando elas aconteceram. Mas perdendo, ganhando, ou qualquer que tenha sido o resultado, eles foram embora com um grito. Sua despedida ou suas boas-vindas foram pontuadas pela afirmação da solidez daquele momento, e dessa forma, ele foi afirmado na história.
Grite agora. Esqueça quem está ao seu redor, e deixe respirar tudo o que você tem a afirmar. Grite porque é a sua vontade, e porque depois dessa primeira vez que você fizer o que tem vontade, nunca mais você terá medo de fazê-lo.
Grite como se só isso bastasse. E saiba que se você fizer do jeito certo, bastará.
Grite agora, com todos ao seu redor. Se você fizer do jeito certo, perceberá que será ainda mais proveitoso.
Tudo o que você precisa saber sobre você mesmo está contido no momento que você mira o rosto para o céu e se deixa ressonar. É a essência de quem você é, consciência e existência, quem ruge.
Tudo o que você deve tomar, e domar, e dominar em si, está contido em um grito. Não há nada que te ensine mais sobre si mesmo do que o som da sua afirmação.
Portanto, grite. Como se só isso bastasse.
Como se só isso importasse.
O segredo é que isso é realmente tudo o que importa.

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