sábado, 17 de janeiro de 2009

Véu Da Noite

Como ouvir uma música levemente familiar sem se conhecer a letra. Como ver o mesmo filme dia após dia, se lembrar das falas depois da primeira semana. Como o último dia do mês, quando o rolo já tem o seu nome. O seu nome não é mais importante, você é um personagem. Parte de uma história que você não controla. (Como o Sol e a Lua) e o projetor dispara sombras contra a platéia, você não vê mais nada. Te diz mais fechar os olhos do que mantê-los abertos. Exploda em fogos de artifício dentro de seu esqueleto vulgar e veja a moldura esmoecer, a tela se tornar uma porta. Uma pena de alívio pela desvenda mesquinha e (vulgar) cruel. São sombras, são árvores, a espera, angústia, pontos. O jeito como você plana pelo quarto... Como (completos desconhecidos) o vento em essência, uma presença peculiar. Você me pede olhos que eu não posso te oferecer. E eu nunca te neguei nada, nem o que não tenho. (O vento que te veste) eu espero...

- Ao som de: The Dillinger Escape Plan - Baby's First Coffin -

Um comentário:

Anônimo disse...
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